Pastor Ricardo Gondin rompe com a Igreja Evangélica "não consigo aceitar a igreja como um balcão de serviços religiosos"

"Entendo que o movimento evangélico nacional se apequenou. Não consegue vencer a tentação de lucrar como empresa. Recuso-me a continuar esmurrando as pontas de facas de uma religião que se molda à Babilônia”,

Estas são algumas das palavras do mais novo polêmico pastor. Sem fazer julgamentos ou brincadeiras, as atitudes ousadas do pastor estão chamando para si a atenção da Igreja. Não muito assíduo da mídia, Ricardo Gondin ficou mais conhecido por participar atualmente de um quadro da grade da Rede Globo que trata sobre as diversas religiões brasileiras, aquele em que, rapidamente, o representante da religião defende a postura principal da religião diante da sociedade, é uma espécie de ecumenismo televisivo muito criticado por correntes evangélicas.
Nota-se que o posicionamento ousado que o pastor decidiu assumir é cheio de verdade no que se diz respeito aos motivos que o levaram a fazer. Fica bem claro que as palavras do pastor condizem, infelizmente a realidade da Igreja de Deus que vem perdendo seus valores originais e simples que Jesus nos ensina claramente em sua palavra.
Vários sites gospel estão noticiando o "desligamento" do pastor e é interessante notar que na maioria dos comentários os leitores apoiam as idéias do pastor. Acho interessante deixar muito claro que a igreja é feito de pessoas e pessoas são falhas. Não há como negar a necessidade que um cristão tem de se reunir pra buscar e ter comunhão com os demais irmãos e é bíblico, mas é inaceitável que a igreja viva em função do dinheiro.
Em mais uma crítica direta à teologia da prosperidade, que tem sido priorizada em diversas denominações, o pastor Gondim afirma que a igreja se tornou inútil ao pregar essa mensagem: “No momento em que o sal perde o sabor para nada presta senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não desejo me sentir parte de uma igreja que perde credibilidade por priorizar a mensagem que promete prosperidade. Como conviver com uma religião que busca especializar-se na mecânica das “preces poderosas”? O que dizer de homens e mulheres que ensinam a virtude como degrau para o sucesso? Não suporto conviver em ambientes onde se geram culpa e paranoia como pretexto de ajudar as pessoas a reconhecerem a necessidade de Deus”.


Leia mais...
Aqui você pode ler o depoimento completo do pastor e a reportagem