Polêmico! Assim foi definido o pastor e deputado federal pelo PSC-SP, Marco Feliciano, pelo Jornal Folha de São Paulo. A reportagem fala sobre as críticas que o pastor fez aos homossexuais no decorrer do seu mandato. Antes mesmo da votação, vários sites jornalísticos já o apontavam como favorito, já que o próprio partido o indicara. na manhã desta terça-feira (05), o pastor venceu por unanimidade foi eleito o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.
No uso da palavra, na reunião que durou mais de duas horas, o pastor mais uma vez negou ser homofóbico e racista, citou Martin Luther King para se defender de críticas e disse que a Câmara não voltará à "idade da pedra".
"Quero lembrar a todo mundo que um dos maiores nomes dos direitos humanos do mundo foi também um pastor: o pastor Martin Luther King. Era um pastor pentecostal como eu. E foi um grande representante, um cristão convicto. E por que essa história não pode se repetir?", disse.
A reação de setores da base do governo, que ameaçaram não aprovar o nome indicado pelo PSC, fez com que a legenda cogitasse sugerir outro deputado para a vaga. Na avaliação do deputado, porém, recuar "ficaria feio".
A comissão recebe e investiga denúncias de violações de direitos humanos e discute e vota propostas na área. E é o presidente da comissão quem determina a pauta dos projetos que devem ser votados.
Sobre sua eventual atuação no comando da comissão, disse: "É claro que, se houver manifestações contrárias, todas elas serão ouvidas porque o espaço democrático possibilita isso."
O pastor disse, contudo, que pretende retomar discussões sobre outras minorias, como quilombolas e índios. "A comissão não é apenas do direito de uma comunidade, mas de todas as comunidades. Nenhum dos direitos fundamentais do cidadão será ali tolhido", completou.
A próxima reunião está marcada para esta quarta-feira, mesma data para a qual está prevista a votação que referendará ou não a indicação de Feliciano.
Polêmica sobre racismo no Twitter
Em 2011, ele declarou no Twitter que os "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé". Depois, disse que foi mal compreendido: "Minha família tem matriz africana, não sou racista".
Sobre isso, disse que foi "uma simples postagem, um ensinamento teológico, um ensinamento da bíblia sagrada".
"Foi infelizmente distorcido esse assunto como isso acontece com todas as pessoas. Nunca tive origem de racista, foi só aquela citação e os ativistas fizeram isso virar uma bola de neve."
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